Pe Wagner

quinta-feira, 18 de março de 2010

CASAMENTO - SACRAMENTO INDISSOLÚVEL


5. CASAMENTO – SACRAMENTO INDISSOLÚVEL

Padre, porque a Igreja católica proclama o matrimônio como sacramento indissolúvel? Os outros crentes adotam simplesmente a lei civil sobre o casamento e o divórcio. Qual é o ensinamento da Bíblia?

RESPOSTA

a) Bíblia não deixa nenhuma dúvida a respeito da indissolubilidade do matrimônio, como consta de Mt 19,3-9. Nesta disputa com os fariseus, acostumados a repudiar facilmente as suas mulheres, Jesus lhes responde: “Não lestes que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e disse: - Porque isso deixa o homem pai e mãe e une-se com sua mulher e os dois formam uma só carne?... Não separe, pois, o homem o que Deus uniu”, - Acrescentaram eles: - Então, porque Moisés mandou dar-lhes libelo de repúdio e despedi-la? Respondeu-lhes Jesus: - “Por causa da dureza do vosso coração, permitiu-vos Moisés repudiar as vossas mulheres, mas no princípio não era assim”. E agora, com a autoridade do divino Legislador, Jesus restabelece a ordem primitiva, declarando: “Ora, Eu vos digo: - Todo o que despedir a própria mulher, salvo o caso de concubinato, (e não de adultério, como traduzia-se erradamente), e casar-se com outra, comete adultério; e quem casar-se com uma repudiada, comete adultério!.

Em I Cor 7,10-11 S. Paulo reafirma a indissolubilidade do matrimônio, escrevendo: “Aos casados mando (não eu, mas o Senhor) que a mulher não se separe do marido. E, se ela estiver separada, que fique sem casar, ou se reconcilie com seu marido. Igualmente o marido não repudie sua mulher”. Portanto, segundo as expressas declarações da Bíblia, não há mais lugar para o divórcio e novo casamento, entre os cristãos casados.

b) Sacramento. Na carta aos Efésios (Ef 5,25-33), S. Paulo recomenda aos maridos amarem suas esposas, “como Cristo amou sua Igreja e se entregou a si mesmo por ela, a fim de a santificar... para que seja santa e irrepreensível”, - e acrescenta: - “Esse mistério (=sacramento) é grande, quero dizer, com referência a Cristo e a Igreja”.

Por esse mistério (sacramento) o contrato natural do matrimônio, e a convivência cotidiana do casal cristão, representando e encarnando o amor fecundo de Cristo à sua Igreja, é elevado a uma nova dignidade e realidade transcendental, ou ao plano sacramental.

É verdade que nos primeiros séculos, nos tempos da perseguição, o sacramento do matrimônio não tinha ainda fórmulas prescritas, e era contraído no ambiente familiar; mas a Igreja Católica nunca o entregou às autoridades civis do Estado, (como fazem muitos “crentes”), e depois prescreveu em pormenores as exigências para sua válida celebração na Igreja.

c) Mesmo que a Igreja Católica nunca aprove o divórcio, em alguns casos o Tribunal Eclesiástico do Matrimônio pode declara a nulidade dum “matrimônio”, quando depois de séria investigação fica provado que, na celebração de tal “casamento” na igreja, faltaram condições essenciais para sua validade, exigidas pela lei da Igreja, (idade, liberdade, etc.). Isso não é concessão do divórcio, mas apenas uma declaração de que – apesar da cerimônia religiosa, - o tal “matrimônio” não era validamente contraído, isto é, nunca se realizou.

Para todos os casados vale a exortação bíblica da carta aos Hebreus: “Seja por todos honrado o matrimônio, e o leito conjugal sem mácula; porque Deus julgará os fornicadores e os adúlteros” (Hb 13,4).

Um comentário:

  1. Boa noite!
    Curioso isso tudo, mas gostaria de saber
    como ficam os casais que mesmo casados na igreja,ela católica praticante e ele ateu, vivem apenas como sócios.
    Não dividem o mesmo teto, moram distantes(cidades diferentes) um do outro. Encontran-se três ou quatro vezes ao ano para tratar dos negócios que possuem em comum.
    E mesmo tendo concebido filhos no início do casamento,vivem há anos, apenas uma relação de amizade.
    E também, se o casamento se deu por escolha do pai da noiva.
    O casamento, o leito conjugal deixou de existir há muito tempo.
    Ambos querem construir uma nova família, com parceiros diferentes.


    Como ficam ambas as situações perante a igreja católica?

    E Jesus,com a sua serenidade e sabedoria, como julgaria tal situação?

    Preciso de suas orientações.
    Abraços,
    Denise.

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