Pe Wagner

terça-feira, 14 de setembro de 2010

PORQUE É TÃO DIFICIL MUDAR?

Porque é tão difícil mudar?

Um dos maiores empercilhos para uma mudança em nossa vida, é a resistencia na mudança. Por razões talvez inconscientes, nós sabotamos a mudança que tanto almejamos. E por que isso acontece? Meus irmãos uma das prováveis respostas a essa pergunta é o MEDO. O medo é um dos maiores vilões que sabotam a nossa mudança.

Medo de não fazer certo, medo de machucar o outro, medo de se machucar novamente, medo de não ser bom o suficiente, medo de ser rejeitado, medo... medo... medo... e medo até de ter medo, por isso muitas vezes ficamos paralisados. É porque nós temos o costume de criar uma zona de conforto. O que seria isso? Zona de conforto é criar um muro, ou uma cerca ao redor de nós para que essa vida que nós vivemos não seja alterada. E isso inclui tanto para as mudanças boas, quanto as ruins.

Eu tenho falado nisso com base na minha experiência de vida, mas também porque na útlima semana vi e
vivenciei muitos amigos partilharem dificuldades pessoais. Eu fiquei refletindo sobre tudo que foi partilhado e percebi que nós mesmos é quem sabotamos essa mudança, pelos diversos medos que trazemos dentro de nós. Medos enraizados lá na primeira infância, na adolescência, medo do presente que vivemos, medo até do futuro, medos que não existem, medos criados em nossas mentes e muitas vezes sem fundamento.

Para fazer acontecer uma mudança significativa em nossas vidas, precisamos diagnosticar aquilo que está bloqueando as nossas capacidades. Após isso precisamos nos INUNDAR DE DETERMINAÇÃO, de fé, de coragem. Porque não basta apenas querer, uma vontadezinha não nos leva a frente, precisamos crer naquilo, reafirmar aquilo em todo o momento principalmente nos piores momentos.

Quando estamos em meio a mudança, muitos pensamentos e comportamentos antigos poderão querer voltar, é preciso ser firme no nosso propósito, errou? Levanta e recomeça, sempre em frente. E as angústias que sentimos em meios as mudanças, são reflexos da mudança, são os padrões antigos de pensamentos, são os antigos comportamentos querendo vir a tona, mas precisamos sepultá-los. Pois o nosso cérebro vai querer repetir o comportamento antigo e não podemos permitir.

Podem perceber que maior parte de nossos medos não tem conexão com a realidade, só existem em nossa mente. E é incrível como continuamos a dar força a eles, esquecendo a imensa capacidade que temos.
Essa daqui muito mais do que uma partilha é um pedido para que você crie a coragem de fazer a mudança na sua vida. Seja ousado na fé, as vezes esquecemos e achamos que caminhamos só. Deus caminha conosco. Jesus se fez homem, o Verbo se fez carne e habitou entre nós, Deus é um Deus humano que sofre junto conosco, sente junto conosco, vive conosco, precisamos tomar posse dessa presença dele em nossas vidas.
Não podemos mais ser reféns dos medos, pelo contrário vamos mostrar a eles a imensa potência que nós somos. "Davi era pequeno, um jovem pequenininho e mesmo assim avançou para cima do gigante Golias", é essa mesma coragem, essa mesma determinação que precisamos ter. O problema é que muitas vezes nós não somos inundados de determinação, somos inundados de vários sentimentos ruins.

Precisamos enfrentar os Golias de nossas vidas, "porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação. [2 Timóteo 1, 7.]" Não iremos só, Deus vai conosco, vai a nossa frente, mas para a mudança acontecer nós precisamos ser ousados, precisamos por os pés na água e lançar a rede, senão a pescaria não acontece. E você até quando irá continuar fugindo dos Golias?

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A MORTE

O que a Igreja nos ensina sobre a morte
A Igreja ensina que, em conseqüência do pecado original, o homem deve sofrer “a morte corporal, à qual teria sido subtraído se não tivesse pecado” (Gaudium et Spes, 18; Gn 2,17). Não passaríamos pela morte como ela é hoje se não houvesse o pecado. A Igreja reconhece que “é diante da morte que o enigma da condição humana atinge o seu ponto mais alto” (idem). São Paulo ensina que “o salário do pecado é morte” (Rm 6, 23); é dele que advém todo sofrimento da criatura humana; mas que para os que morrem na graça de Cristo, é uma participação na morte do Senhor, a fim de poder participar também de sua Ressurreição (Rom 6, 3-9).Embora o homem tivesse uma natureza mortal, Deus o destinava a não morrer. “Ora, Deus criou o homem para a imortalidade, e o fez à imagem de sua própria natureza. É por inveja do demônio que a morte entrou no mundo, e os que pertencem ao demônio prová-la-ão”. (Sab 2, 23). A morte foi, portanto, contrária aos desígnios de Deus criador e entrou no mundo como conseqüência do pecado; e será o “último inimigo” do homem a ser vencido (1Cor 15,26).A realidade inexorável da morte deve recordar-nos de que temos um tempo limitado para realizar nossa vida: “Lembra-te de teu Criador nos dias de tua mocidade (...) antes que o pó volte à terra de onde veio, e o sopro volte a Deus que o concedeu” (Eclo 12, 2.7) Mas a morte foi transformada por Cristo. Jesus, o Filho de Deus, sofreu Ele também a morte, própria da condição humana; assumiu-a em um ato de submissão total e livre à vontade de seu Pai. A obediência de Jesus transformou a maldição da morte em bênção (Rom 5, 19-21). Por isso, graças a Cristo a morte cristã tem um sentido positivo. São Paulo disse: “Para mim, a vida é Cristo, e morrer é lucro” (Fl 1, 21). “Fiel é esta palavra: se com Ele morremos, com Ele viveremos” (2Tm 2, 11). O Catecismo ensina que “A novidade essencial da morte cristã está nisto: pelo Batismo, o cristão já está sacramentalmente “morto com Cristo” para viver uma vida nova; e, se morrermos na graça de Cristo, a morte física consuma esse “morrer com Cristo” e completa, assim, nossa incorporação a ele em seu ato redentor.”(§1010) Deus chama o homem a si em sua morte. São Paulo estava certo disso: “O meu desejo é partir e estar com Cristo” (Fl 1, 23); então, o cristão deve transformar sua morte em um ato de obediência e de amor ao Pai, a exemplo de Cristo (Lc 23, 46). Santa Teresinha dizia: “Não morro, entro para a vida.” A visão cristã da morte é expressa de forma privilegiada na liturgia da Igreja: “Senhor, para os que crêem em vós, a vida não é tirada, mas transformada. E, desfeito nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível.”A morte encerra o “tempo de graça e de misericórdia” que Deus oferece a cada um para realizar sua vida terrestre segundo o projeto divino e para decidir seu destino último. Não existe reencarnação; ensina a Igreja que : Quando tiver terminado “o único curso de nossa vida terrestre” (LG, 48), não voltaremos mais a outras vidas terrestres. “Os homens devem morrer uma só vez” (Hb 9,27). Pela morte, a alma é separada do corpo, mas na ressurreição Deus restituirá a vida incorruptível ao nosso corpo transformado, unindo-o novamente à nossa alma. (cf. Cat. §1016)Que é “ressuscitar”? Na morte, que é separação da alma e do corpo, o corpo do homem cai na corrupção, ao passo que a sua alma vai ao encontro de Deus, ficando à espera de ser novamente unida ao seu corpo glorificado. Deus na sua onipotência restituirá definitivamente a vida incorruptível aos nossos corpos unindo-os às nossas almas, pela virtude da Ressurreição de Jesus. (Cat. §997)Todos os homens que morreram ressuscitarão. “Os que tiverem feito o bem sairão para uma ressurreição de vida; os que tiverem praticado o mal, para uma ressurreição de julgamento.” (Jo 5, 29; cf. Dn 12,2).Cristo ressuscitou com o seu próprio Corpo: “Vede as minhas mãos e os meus pés: sou eu!” (Lc 24, 39). Mas ele não voltou a uma vida terrestre. Da mesma forma nele “todos ressuscitarão com seu próprio corpo, que tem agora”, ensinou o IV Concílio do Latrão, (DS, 801); porém, este corpo será “transfigurado em corpo de glória” (Fl 3,21), em “corpo espiritual” (1Cor 15,44). Quando será a ressurreição? O Catecismo responde: Definitivamente “no último dia (Jo 6, 39-40.44.54;11,24); “no fim do mundo” (LG, 48). A ressurreição dos mortos está intimamente associada à Parusia de Cristo. (§1001)A “Imitação de Cristo” nos ensina: “Em todas as tuas ações, em todos os teus pensamentos deverias comportar-te como se tivesses de morrer hoje. Se tua consciência estivesse tranqüila, não terias muito medo da morte. Seria melhor evitar o pecado que fugir da morte. Se não estás preparado hoje, como o estarás amanhã?”E São Francisco de Assis, no “Cântico das Criaturas”, assim rezou: “Louvado sejais, meu Senhor, por nossa irmã, a morte corporal, da qual homem algum pode escapar. Ai dos que morrerem em pecado mortal, felizes aqueles que ela encontrar conforme a vossa santíssima vontade, pois a segunda morte não lhes fará mal.”