9. A BÍBLIA – A ÚNICA FONTE DA FÉ?
OBJEÇÃO: Para os protestantes a Bíblia é a única fonte da fé e da revelação divina, enquanto os católicos reconhecem 3 fontes: A Bíblia, a tradição apostólica e o magistério da Igreja. Quem tem razão?
RESPOSTA: A própria Bíblia não apresenta nenhum índice dos Livros Sagrados, e não afirma em nenhuma parte, ser ela a única fonte da fé e da Palavra de Deus. Pelo contrário, lemos nela que por muitos séculos Deus confiou oralmente a sua Palavra e Aliança a Noé e a Abraão, que pela tradição oral passava do pai para filhos por muitas gerações. (Gen 4,8s e 15,18s). Também Moisés recebeu a Palavra e a Aliança oralmente. E mesmo depois, quando escreveu os primeiros livros da Bíblia, guardados na Área da Aliança, o ensinamento bíblico foi confiado ao sacerdote Aarão e seus filhos (Lev 10,8-11).
Também Jesus não escreveu e não mandou escrever nenhum livro, mas escolheu, ensinou e autorizou oralmente os Apóstolos, ordenando-lhes: “Foi-me dado todo o poder no céu e na terra. Ide, pois, ensinar todos os povos... ensinando-os a observar tudo o que vos mandei”. (Mt 28,18-20).
Cumprindo esta ordem, os primeiros cristãos espalharam o Evangelho por tradição oral, em toda a parte, durante os primeiros decênios, como se pode ler nas seguintes cartas de S. Paulo:
(Tt 1,5) “Deixei-te em Creta para que regules o que falta e estabeleças presbíteros nas cidades, segundo as prescrições que te dei”. (II Tm 2,1-2). “Tu, pois, meu filho, fortifica-te na fé que está em Jesus Cristo, e o que ouviste de mim diante de muitas testemunhas, confia-o a homens fiéis, que sejam capazes de instruir a outros”.
(I Ts 2,13) “Não cessamos dar graças a Deus, porque ao receberdes a Palavra de Deus, que de nós ouvistes, vós a recebestes não como palavra humana, e sim – o que realmente é – como Palavra de Deus”.
(II Ts 2,15) “Conservai as tradições que aprendestes ou por nossas palavras ou por nossa carta”.
Sobre a autoridade de Pedro, reunido com os Apóstolos e presbíteros em Jerusalém (o Magistério), temos um claro testemunho em At 15,6-29): “Reuniram-se então os Apóstolos e presbíteros para examinar a questão (da circuncisão dos pagãos convertidos). E depois de ter discutido longamente, Pedro ergue-se e disse: “... Tendo nós sabido que alguns, saindo do meio de nós, sem nenhuma ordem de nossa parte, vos perturbaram com discursos que agitaram as vossas almas, aprouve a nós, depois de nos termos reunido, escolher alguns homens e envia-los a vós... que vos exporão as mesmas coisas de viva voz. Pareceu bem “ao Espírito Santo e a nós, de não vos impor mais nenhum outro peso...”.
Esta autoridade Pedro tinha recebido de Jesus, quando lhe disse, (Mt 16,18-19). “Eu te digo: tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja... a ti darei as chaves do Reino dos céus, e o que ligares na terá, ficará ligado nos céus; e o que desligares na terra, na terra, ficará desligado nos céus”. Em Jo 16,12-13 Jesus acrescentou a promessa: “Quando vier o Espírito da verdade, guiar-vos-á por toda a verdade”.
Portanto: Lógica e cronologicamente, Jesus:
1º - Escolheu, autorizou e enviou os Apóstolos, sob a presidência de Pedro, a evangelizar todos os povos, estabelecendo assim o magistério da Igreja.
2º - Este ensinamento, oral e pelas cartas, foi transmitido pelos Apóstolos, - como tradição Apostólica, - aos bispos e presbíteros por eles escolhidos e consagrados: (Mt 1,5: II Tim 2,12, I Pd 5,1-2).
3º - Somente depois de mais de 2 séculos, o Papa reunido com os Bispos em Concílio, com sua autoridade infalível, declarou uma parte destes escritos da Tradição, como Cânon de Livros Sagrados, ou Sagrada Escritura, ou Bíblia: reservando-se o direito e a obrigação de vigiar sobre sua autêntica interpretação, de acordo com a Tradição Apostólica.
Daí, quando os Católicos obedecem ao magistério da Igreja, eles têm absoluta certeza de cumprir a Vontade de Deus; mesmo quando estão exercendo práticas que não estão claramente ensinadas na Bíblia, como por ex.: a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, a devoção do santo Rosário, etc., - ou quando deixam de lado muitas prescrições, que por motivos especiais, circunstanciais, obrigavam o povo de Israel no Antigo Testamento.
Os protestantes, porém, para os quais somente a Bíblia é a única fonte da Palavra de Deus, seriam ainda hoje obrigados a cumprir todas as prescrições do Antigo Testamento, como por ex.: Não acender fogo (para cozinhar) em nenhuma moradia, no sábado (Ex 35,3). Não semear diferentes espécies no mesmo campo (Lev 19,19). Não semear e não colher nada, nos campos e na vinha, no ano sabático (Ex 23,10-11 e Lev 25,3-5). Não comer os frutos das árvores durante os primeiros 3 anos (Lev 19,23-25). Não comer sangue, nem carne com sangue (Lev 17,10-14 e 19,26). Não comer coelho, lebre, porco e os demais animais “impuros” (Lev 11, 1-47). Punir de morte os blasfemadores, homicidas, adúlteros, homossexuais, os transgressores do sábado, os que tiverem amaldiçoado os pais, ou evocado os espíritos, etc., (Ex 35,1-3 e Lev 20,9-27; 24,10-3).
OBJEÇÃO: Para os protestantes a Bíblia é a única fonte da fé e da revelação divina, enquanto os católicos reconhecem 3 fontes: A Bíblia, a tradição apostólica e o magistério da Igreja. Quem tem razão?
RESPOSTA: A própria Bíblia não apresenta nenhum índice dos Livros Sagrados, e não afirma em nenhuma parte, ser ela a única fonte da fé e da Palavra de Deus. Pelo contrário, lemos nela que por muitos séculos Deus confiou oralmente a sua Palavra e Aliança a Noé e a Abraão, que pela tradição oral passava do pai para filhos por muitas gerações. (Gen 4,8s e 15,18s). Também Moisés recebeu a Palavra e a Aliança oralmente. E mesmo depois, quando escreveu os primeiros livros da Bíblia, guardados na Área da Aliança, o ensinamento bíblico foi confiado ao sacerdote Aarão e seus filhos (Lev 10,8-11).
Também Jesus não escreveu e não mandou escrever nenhum livro, mas escolheu, ensinou e autorizou oralmente os Apóstolos, ordenando-lhes: “Foi-me dado todo o poder no céu e na terra. Ide, pois, ensinar todos os povos... ensinando-os a observar tudo o que vos mandei”. (Mt 28,18-20).
Cumprindo esta ordem, os primeiros cristãos espalharam o Evangelho por tradição oral, em toda a parte, durante os primeiros decênios, como se pode ler nas seguintes cartas de S. Paulo:
(Tt 1,5) “Deixei-te em Creta para que regules o que falta e estabeleças presbíteros nas cidades, segundo as prescrições que te dei”. (II Tm 2,1-2). “Tu, pois, meu filho, fortifica-te na fé que está em Jesus Cristo, e o que ouviste de mim diante de muitas testemunhas, confia-o a homens fiéis, que sejam capazes de instruir a outros”.
(I Ts 2,13) “Não cessamos dar graças a Deus, porque ao receberdes a Palavra de Deus, que de nós ouvistes, vós a recebestes não como palavra humana, e sim – o que realmente é – como Palavra de Deus”.
(II Ts 2,15) “Conservai as tradições que aprendestes ou por nossas palavras ou por nossa carta”.
Sobre a autoridade de Pedro, reunido com os Apóstolos e presbíteros em Jerusalém (o Magistério), temos um claro testemunho em At 15,6-29): “Reuniram-se então os Apóstolos e presbíteros para examinar a questão (da circuncisão dos pagãos convertidos). E depois de ter discutido longamente, Pedro ergue-se e disse: “... Tendo nós sabido que alguns, saindo do meio de nós, sem nenhuma ordem de nossa parte, vos perturbaram com discursos que agitaram as vossas almas, aprouve a nós, depois de nos termos reunido, escolher alguns homens e envia-los a vós... que vos exporão as mesmas coisas de viva voz. Pareceu bem “ao Espírito Santo e a nós, de não vos impor mais nenhum outro peso...”.
Esta autoridade Pedro tinha recebido de Jesus, quando lhe disse, (Mt 16,18-19). “Eu te digo: tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja... a ti darei as chaves do Reino dos céus, e o que ligares na terá, ficará ligado nos céus; e o que desligares na terra, na terra, ficará desligado nos céus”. Em Jo 16,12-13 Jesus acrescentou a promessa: “Quando vier o Espírito da verdade, guiar-vos-á por toda a verdade”.
Portanto: Lógica e cronologicamente, Jesus:
1º - Escolheu, autorizou e enviou os Apóstolos, sob a presidência de Pedro, a evangelizar todos os povos, estabelecendo assim o magistério da Igreja.
2º - Este ensinamento, oral e pelas cartas, foi transmitido pelos Apóstolos, - como tradição Apostólica, - aos bispos e presbíteros por eles escolhidos e consagrados: (Mt 1,5: II Tim 2,12, I Pd 5,1-2).
3º - Somente depois de mais de 2 séculos, o Papa reunido com os Bispos em Concílio, com sua autoridade infalível, declarou uma parte destes escritos da Tradição, como Cânon de Livros Sagrados, ou Sagrada Escritura, ou Bíblia: reservando-se o direito e a obrigação de vigiar sobre sua autêntica interpretação, de acordo com a Tradição Apostólica.
Daí, quando os Católicos obedecem ao magistério da Igreja, eles têm absoluta certeza de cumprir a Vontade de Deus; mesmo quando estão exercendo práticas que não estão claramente ensinadas na Bíblia, como por ex.: a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, a devoção do santo Rosário, etc., - ou quando deixam de lado muitas prescrições, que por motivos especiais, circunstanciais, obrigavam o povo de Israel no Antigo Testamento.
Os protestantes, porém, para os quais somente a Bíblia é a única fonte da Palavra de Deus, seriam ainda hoje obrigados a cumprir todas as prescrições do Antigo Testamento, como por ex.: Não acender fogo (para cozinhar) em nenhuma moradia, no sábado (Ex 35,3). Não semear diferentes espécies no mesmo campo (Lev 19,19). Não semear e não colher nada, nos campos e na vinha, no ano sabático (Ex 23,10-11 e Lev 25,3-5). Não comer os frutos das árvores durante os primeiros 3 anos (Lev 19,23-25). Não comer sangue, nem carne com sangue (Lev 17,10-14 e 19,26). Não comer coelho, lebre, porco e os demais animais “impuros” (Lev 11, 1-47). Punir de morte os blasfemadores, homicidas, adúlteros, homossexuais, os transgressores do sábado, os que tiverem amaldiçoado os pais, ou evocado os espíritos, etc., (Ex 35,1-3 e Lev 20,9-27; 24,10-3).
Oi Pe. Wagner,
ResponderExcluirEu também concordo ao dizer que a Biblia não é a única fonte de Fé.Para mim, Ela é sim o Livro Sagrado que vem nos instruir sobre o nosso Deus.
Mas a verdadeira Fé está dentro de nós, é o Reino de Deus em nós.
Sentimos Ela através de nossos atos de alegria, paz, justiça, solidariedade e amor, ao nos doarmos com humildade e desprovidos de ambição.
Assim conseguimos sentir Deus dentro de nós.
Tenha uma boa semana e que Deus te proteja hoje e sempre.
Um graaaaaaaaaaaaaaaannnnnnnnnddddddddddddeeeeeeee
a-------------------bra-----------------------ço!
Denise.
Já estava com saudades ....
ResponderExcluirÉ sempre bom lçer os textos que o Sr coloca neste blog..
parabéns
um forte abraço
Saudades