Pe Wagner

segunda-feira, 19 de abril de 2010

VENERAÇÃO DE MARIA E DOS SANTOS

VENERAÇÃO DE MARIA E DOS SANTOS.

PERGUNTA: Esta veneração e intercessão é contrária ao ensinamento da Bíblia que diz: (Lc 4,8) “Adorarás o Senhor teu Deus e sói a Ele servirás”. – e em (I Tm 2,5) “Há um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, Homem”.

RESPOSTA: a) Os católicos distinguem claramente entre culto de adoração, que devemos somente a Deus, nosso Criador e Redentor; e veneração, - que implica apenas: respeito, admiração, imitação, amor, etc., como se costuma demonstrar aos pais virtuosos, ou aos heróis da pátria ou da Igreja, erguendo em honra deles monumentos, e dando seus nomes a cidades, montanhas, praças, ruas, etc. Nada mais humano e também bíblico.

Até o próprio Deus venera os nomes dos santos patriarcas, permitindo na Bíblia ser denominado “o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó” (Ex 3,6).

Foi Deus que enviou o anjo Gabriel para saudar a Virgem Maria: “Ave, cheia de graça!” (Lc 1,28) e colocou na boca de Israel as palavras inspiradas: “Bendita sois vós entre as mulheres” (Lc 1,42).

Igualmente Maria profere as palavras inspiradas pelo Espírito Santo: “Doravante todas as gerações me chamarão bem aventurada...” (Lc 1,48).

Portanto, cumprindo estas profecias bíblicas e repetindo com respeito e amor nas orações de “Ave Maria”, a saudação de Gabriel e de Isabel, os católicos cumprem melhor as indicações da Bíblia do que os protestantes, que ignoram tudo isso, e pretendem rezar somente a Deus.
b) Intercessão. A própria Bíblia aplica a título de “mediador” também a Moisés (Dt 5,5): “Eu fui naquele tempo intérprete e mediador entre o Senhor e vós”. E S. Paulo, na mesma carta em que declara Jesus como único mediador entre Deus e homens, indica também mediadores” secundários” (I Tm 2,1-5): “Recomenda que se façam preces, orações, súplicas e ações de graças por todos os homens... “Pois, fazer orações por outros, é de fato, ser intercessor e mediador entre Deus e os outros.

c) Alguns cristãos admitem que os vivos podem interceder em favor dos outros. Negam, porém, esta possibilidade aos falecidos, mesmo à Virgem Maria e aos Santos. Eis, o que lhes responde a Bíblia:

Em II Mac 15,12-15 lemos: “Parecia-lhe (a Judas Macabeu) que Onias, sumo sacerdote (já falecido!)... orava de mãos estendidas por todo o povo judaico... Onias apontando para ele, disse: “Este é amigo de seus irmãos e do povo de Israel; é Jeremias (falecido!), profeta de Deus, que ora muito pelo povo e por toda a cidade santa”.

Se, pois, Moisés e Timóteo em vida, e Onias e Jeremias depois da morte, como ainda muitas outras pessoas na Bíblia, rezam a Deus e são mediadores entre Ele e o povo, quem poderá proibir esta intercessão à V. Maria e aos Santos? Por isso, desde os primeiros séculos, os fiéis cristãos rezavam: “Santa Maria, Mãe de Deus, rogais por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte”.

Portanto, as palavras de S. Paulo: “Há um só mediador entre Deus e homens, Jesus Cristo, Homem”, a tradição apostólica as entendia deste maneira: Jesus Cristo é o único Mediador (primeiro) que nos mereceu todas as graças e a salvação eterna, pela sua vida, morte e ressurreição. Só ele pode nos dar dos seus méritos, sem recorrer a nenhum outro mediador. Enquanto a V. Maria e os Santos intercedem por nós pecadores, como mediadores secundários, por meio de Jesus, recorrendo a seus méritos e sua meditação. Por isso, cada oração litúrgica termina: “Por nosso Senhor Jesus Cristo...”. Esta verdade herdamos dos primeiros cristãos. Antes de serem escritos os Evangelhos, eles aprenderam no “Símbolo Apostólico” (ou Credo dos Apóstolos) “Creio na Comunhão dos Santos”. Sejamos gratos a Deus por tão bela verdade, por Ele a nós revelada!

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